O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, está no centro de uma investigação da Polícia Federal (PF) sobre manipulação de apostas esportivas. A suspeita envolve um cartão amarelo recebido pelo jogador em uma partida contra o Santos, em novembro de 2023. Segundo as autoridades, familiares de Bruno Henrique teriam apostado que ele receberia o cartão, o que de fato ocorreu.
A operação, denominada “Spot-fixing”, foi deflagrada em novembro de 2024 e contou com a participação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Durante as investigações, a PF descobriu que parentes do Bruno Henrique, como irmão, cunhada e prima, criaram contas em casas de apostas online na véspera da partida e realizaram apostas específicas relacionadas ao cartão amarelo.
FROTA DE CARROS DE LUXO DE BRUNO HENRIQUE
Além disso, a PF identificou uma frota de carros de luxo registrada em nome de Bruno Henrique, o que levantou suspeitas sobre a origem dos recursos utilizados para adquirir os veículos. As autoridades estão apurando se há relação entre os ganhos com as apostas e a compra dos automóveis.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) havia sido alertado sobre o caso em agosto de 2024, mas arquivou o processo por considerar o lucro das apostas “ínfimo” e não identificar irregularidades na análise da partida. No entanto, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas criticou a decisão do STJD, classificando-a como “claramente precipitada”.
O Flamengo, por sua vez, decidiu não afastar Bruno Henrique e afirmou que o jogador segue exercendo suas atividades normalmente. O clube declarou que apoia as autoridades nas investigações e que dará total suporte ao atleta, ressaltando a presunção de inocência.
A investigação continua em andamento, com a PF solicitando informações adicionais às casas de apostas envolvidas. O caso levanta questões sobre a integridade no esporte e a necessidade de mecanismos mais eficazes para prevenir a manipulação de resultados.
FONTES DE INFORMAÇÃO: O GLOBO, UOL, FOLHA DE SÃO PAULO, ESPN E O POVO