Um ataque israelense de grande escala contra instalações nucleares e alvos
estratégicos no Irã, ocorrido na madrugada 12 para 13 de junho de 2025 (Horário Iraniano), acendeu um alerta global para a intensificação das tensões no Oriente Médio. A ofensiva, que Israel descreveu como um esforço para conter o programa nuclear iraniano, resultou em explosões em Teerã e outras cidades, e, segundo a televisão estatal iraniana, na morte do chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e de cientistas nucleares.
Detalhes da Operação e Justificativas de Israel
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou o ataque, afirmando
que a ação militar visa “conter a ameaça iraniana contra a própria sobrevivência de
Israel”. Ele declarou que a operação “prejudicará a infraestrutura nuclear do Irã, as fábricas de mísseis balísticos e suas capacidades militares”. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou estado de emergência no país, antecipando possíveis retaliações iranianas com drones e mísseis. Israel afirmou ter atingido dezenas de alvos no Irã, com o objetivo de impedir o avanço do programa nuclear iraniano, que, segundo fontes militares israelenses, já teria material suficiente para fabricar até 15 bombas atômicas em poucos dias.
Reações e Implicações Internacionais
Os Estados Unidos, por meio do secretário de Estado Marco Rubio, negaram envolvimento direto na operação, afirmando que a ação de Israel foi unilateral. No entanto, Rubio advertiu o Irã a não mirar interesses ou pessoal dos EUA na região e reiterou que a Casa Branca tomará medidas para proteger suas tropas em caso de retaliação iraniana. O presidente Donald Trump, que vinha negociando com o Irã sobre seu programa nuclear, expressou menos confiança em um acordo após o ataque, embora ainda buscasse uma solução pacífica.
Contexto e Consequências
O ataque ocorre em um momento de crescentes tensões entre Israel e Irã, e após o fracasso de negociações nucleares. Israel considera o programa nuclear iraniano uma ameaça existencial e tem se oposto veementemente a qualquer acordo que permita aoIrã continuar enriquecendo urânio. O Irã, por sua vez, anunciou que ativará uma terceira instalação de enriquecimento nuclear, aumentando sua produção de urânio enriquecido, em resposta à censura da ONU. A morte de Hossein Salami, uma figura poderosa e próxima ao regime iraniano, veterano da guerra Irã-Iraque e com voz no programa nuclear, pode representar uma escalada significativa no conflito. Além disso, o ataque já impactou os mercados globais, com os preços do petróleo disparando e ativos de segurança se fortalecendo, refletindo o temor de instabilidade generalizada no Oriente Médio e possível interrupção no fornecimento global de energia. As negociações entre EUA e Irã em Omã, que visavam conter o avanço do programa nuclear iraniano, estão agora praticamente paralisadas.
Referências
Israel lança ataque ao Irã; Teerã envia jatos. Valor Econômico.
Israel bombardeia infraestrutura nuclear do Irã. Folha de S.Paulo.
Quem é Hossain Salami, chefe da Guarda Revolucionária que o Irã diz ter sido morto
por Israel. G1.
Israel ataca instalações nucleares do Irã e acende alerta global de retaliação. Brasil
247.
Preços do petróleo disparam e ativos de segurança se fortalecem após ataque de
Israel ao Irã. Valor Econômico.